sábado, 3 de março de 2012



“Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas, que já serão outras. O fluxo eterno das coisas é a própria essência do mundo.” - Heráclito de Éfeso (Filósofo Grego séc. V a.C). 


E se ainda hoje ficamos espantados com isso é porque nos apegamos teimosamente ao que já passou, esperando no fundo que tudo permaneça igual. Então, é necessário um filósofo da antiguidade, ou um escritor contemporâneo para nos fazer entender que nada é permanente a não ser a mudança.  
Um trecho do Grande Sertão, onde o Guimarães Rosa fala um pouco sobre isso, diz: “[…] o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
É o mais bonito da vida, é uma celebração do movimento, não é um lamento.
O tempo não para, e isso é belo.


[Me emocionei demais com a linda aula do personagem Lourenço, de A vida da gente]
 

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