terça-feira, 30 de novembro de 2010

TUDO DE MIM...[IRA]



'...E tudo que eu posso fazer é retribuir o seu carinho
Te dando o maior amor que alguém já pôde sentir
Não quero mais isso acabe nunca mais
O seu olhar que se dirige ao meu
Por que eu gosto
Do seu cheiro...'





sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Preciso, sei que preciso
te olhar diferente,
repousar mais doce minha palavra
sobre a tua boca,
saber que meu riso deve vir de leve
sobre tua felicidade,
aprender que minha pressa não me leva
para tua mansidão,
perceber que não precisa de mim doce
me quer serena,
notar que preciso das tuas mãos
e da tua segurança,
e eu estou correndo tanto em direção
de nada e sem saber

E eu te preciso, sei que preciso
não por solidão ou por necessidade,
mas por amor, por gostar, por querer.
Preciso me aproximar, ceder,
compreender que o caminho é outro, mas não.


Cáh Morandi

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Hoje...

“Te­nho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída.” 
[Clarice Lispector]


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Acrilic on Canvas [Legião Urbana]

"É saudade, então
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi entre as tintas que inventei
Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três
...

Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

'O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.'
[Clarice Lispector]

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Viver...

é um pouco como jogar boomerang. Não sei se isso é óbvio pra todo mundo, mas pra mim já foi muito difícil encarar as coisas desse jeito. De vez em quando você entra numa bad que parece que vai durar a vida inteira, mas de repente ela vai se calando e você vai voltando a ser o que era antes. Isso é lindo. Só quem já chegou no fundo de qualquer tipo de poço sabe como é bonito voltar à superfície. A escalada é difícil, a gente escorrega, se machuca, sofre e sangra. Mas, de repente, você deu o último passo. Os arranhões vão estar lá e talvez o escuro incomode um pouco à noite, mas vai passar. Com algumas cicatrizes pelo corpo&coração, você levanta e segue em frente: vivo como há tempos não se sentia. Não sei se a natureza é vingativa ou se isso é apenas o natural - aquele velho papo de plantar e colher - mas o troco sempre volta pra quem se deu demais. E eu, in ou felizmente, sei o que é isso. Com meus poucos vinte e um anos já senti talvez mais do que deveria, já chorei mais do que deveria, já me machuquei mais do que deveria e, mais triste ainda, quis morrer mais do que poderia. Já me vi fraca como nunca imaginei que alguém pudesse se sentir e continuar vivo. Não me envergonha contar isso, pelo contrário, queria poder dizer pra todo mundo que tá passando pelo que eu já passei que as coisas vão ficar bem. E vão mesmo, por mais que por enquanto seja a coisa mais impossível de visualizar. As cinzas vão voltar a ser fênix: em cores neon.
 
[por Tαngєяinє]